HORMÔNIO ANTI-MULLERIANO (AMH)
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Interpretação:
Uso: útil para o diagnóstico de várias entidades clínicas, tais como a puberdade precoce (AMH baixo), a puberdade tardia (AMH alto); o pseudo-hermafroditismo masculino, a Síndrome da Persistência do Ducto Mülleriano (PMDS); a suspeita de anorquia ou ectopia testicular. Poderia ainda auxiliar na determinação do sexo fetal, sobretudo em presença de aberrações cromossômicas. O AMH também tem sido utilizado para confirmar a retirada completa de tecido gonadal tumoral após cirurgias. No menino, o Hormônio Anti-Mülleriano (AMH), fator testicular secretado pelas células de Sertoli, causa a regressão dos dutos de Müller e continuará a ser produzido até a puberdade. Após este período, os níveis decrescem lentamente até atingirem valores residuais. Na menina, o AMH começa a ser produzido em pequenas quantidades pelas células da granulosa ovariana logo após o nascimento até a menopausa, tornando-se indetectável no soro após este período. O AMH age por meio de uma diminuição da atividade da enzima aromatase nas células da granulosa ovariana. Durante a puberdade, a expressão de AMH é regulada negativamente por hormônios androgênicos e diminui drasticamente nos túbulos seminais. Vários estudos demostraram que os níveis de AMH apresentam uma relação inversa em relação aos níveis de testosterona, porém correlacionam-se melhor com o desenvolvimento pubertário. Níveis séricos baixos de AMH são observados tanto nos pacientes com puberdade precoce de origem central (hipotalâmica) quanto naqueles nos quais o mecanismo fisiopatológico independente de gonadotrofinas, o que sugere que estas últimas não participem da retro-regulação do AMH na puberdade. Nestes pacientes, os níveis de AMH retornam aos valores encontrados na infância 3 a 6 meses após o tratamento. Em pacientes que apresentam defeitos na produção de hormônios androgênicos, os níveis séricos de AMH atingem valores anormalmente elevados no período neonatal e pré-puberal, o que sugere um possível papel estimulador das gonadotrofinas, observado apenas quando os efeitos supressores dos hormônios androgênicos estão ausentes. Em algumas situações, tais como na Síndrome dos Ovários Policísticos (PCOS), no diagnóstico de tumores da granulosa ovariana, e ainda nas recidivas de tumores após o tratamento específico tanto em mulheres quanto em homens (câncer de próstata), o AMH apresenta-se elevado.] para: [Durante o desenvolvimento embriogênico masculino, a secreção de AMH nas células de Sertoli testiculares é essencial para a regressão dos ductos Mullerianos (precursores do útero, trompas e vagina) e para o desenvolvimento normal do trato reprodutivo masculino. Nos homens, a secreção de AMH pelas celulas de Sertoli inicia-se durante a embriogênese e continua durante toda vida. Nas mulheres, o AMH sérico é baixo até o início da puberdade. Após, o AMH apresenta flutuações durante o ciclo menstrual até a menopausa, neste período os níveis de AMH caem. A dosagem de AMH constitui um instrumento útil para o diagnóstico de várias entidades clínicas, tais como a puberdade precoce (AMH baixo), a puberdade tardia (AMH alto); a Síndrome da Persistência do Ducto Mulleriano (PMDS); a suspeita de anorquia ou ectopia testicular. A dosagem de AMH também permite a avaliação dos estados intersexuais (hermafroditismo), pois é capaz de distinguir os casos de defeitos da diferenciação sexual masculina causados pela presença de testículos anormais, daqueles que possuem defeitos de secreção e/ou ação da testosterona. O AMH também tem sido utilizado para confirmar a retirada completa de tecido gonadal tumoral após cirurgias.